Experiência com o Grupo Mulheres de Fibra

O Grupo Mulheres de Fibra, dentre todos que já compartilhei experiências, caracteriza-se por aquele que melhor ilustra o ciclo de criação, formalização e conslidação de um grupo artesanal urbano.
Em 2002, sob a orientação da ONG Visão Mundial, surgiu a oportunidade da criação de grupos de mulheres artesãs para trabalharem na manufatura de produtos em fibra de buriti. Naquele ano foram estruturadas Oficinas de Criatividade para repasse de saberes e aperfeiçoamento de técnicas de manufatura de peças artesanais.
Inicialmente o trabalho ocorreu na Vila Esperança, culminando com a criação de Grupo Arte Vila. Posteriormente a experiência foi ampliada para as Vilas Sarney, Industria e Primavera, onde se deu a organização do primeiro grupo que veio a se tornar ãnos mais tarde o Grupo Mulheres de Fibra.


Jovens aprendizes participando das Oficinas de Criatividade realizadas com a participação de mulheres das Vilas Sarney, Industria e Primavera.

No ano de 2004, com a finalização do Projeto coordenado pela ONG Visão Mundial, as mulheres que havia participado das oficinas de artesanato, necessitaram de orientações que possibiltassem a continuidade das atividades.
Ao perceber essa carência, sugeri encontros semanais para manter a união do grupo e dar contiuidade nas Oficinas de Criatividade onde foram desenvolvidos os primeiro produtos que mais tarde formaram a identidade do Grupo Mulheres de Fibra.
Vale ser ressaltado que nesse momento não havia nenhum apoio institucional/finaceiro.
Após alguns meses de reuniões semanais as mulheres já haviam manufaturado uma boa quantidade de peças com excelentes padrões de acabamentos e completamente inovadoras, surgindo assim a necessidade da busca de mercado para a comercialização da produção. Foi nesse momento que idealizei a realização de uma exposição como ferramenta eficaz, tanto na divulgação do trabalho como na comercialização dos produtos.
Contando com uma equipe de voluntários integrada por Marcelo Figueirêdo (designer), Carla Melo (jornalista) e Walquiria Almeida (arte educadora especialista em jornalismo cultural), foi desenvolvido em 2004 o Projeto "Gente de Fibra" que recebeu o imediato apoio da Sra. Maria Michol Pinho de Carvalho (Superintendente de Cultura Popular do estado do Maranhão), que além de viabilizar toda a folhetaria (convites e cartazes), abriu as porta do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho para a realização da Exposição também denominada "Gente de Fibra". Na abertura da Exposição, fiz uma breve explanação intitulada "Manufatura de Produtos Artesanais em Fibra de Buriti" com foco no processo de construção do trabalho com as mulheres; houve ainda a distribuição de comidas e sucos típicos, finalizando com a apresentação do Grupo de Cacuriá do John da Vila Esperança. Este evento pojetou o trabalho das mulheres, oportunizando a vinculação de reportagens na TV Mirante, Jornal Impacial, Jornal O Estado do Maranhão e Rádio Universidade.
Depois dessa exposição, o grupo de artesãs foi convidado para participar de outras oportunidades de exposições, com destaque para a feira de artesanato realizada pela Prefeitura Municipal de São Luís que divulgou mais ainda o excelente trabalho desenvolvido pelas artesãs do Distrito Industrial da Ilha de São Luís - MA.
Em uma das edições da Feira da Cidade, o trabalho chegou ao conhecimento da Sra. Rogenir Costa (Catholic Relief Services - CRS) que prontamente se colocou a disposição como voluntária no intuito de contribuir para o crescimento de grupo de mulheres. Surgiu então a oportunidade, através de edital publicado na internet, da apresentação de um projeto para o Insituto HSBC Solidariedade. Sob a orientação da Sra. Rogenir em 2006 a primeira edição do "Projeto Mulheres de Fibra" foi escrito e aprovado.

EM CONSTRUÇÃO...